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Senado aprova PEC que limita poderes do STF

Plenário do Senado
Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

Com a aprovação em dois turnos, proposta agora segue para a Câmara

O plenário do Senado Federal aprovou, nesta quarta-feira (22), em segundo turno, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que limita poderes do Supremo Tribunal Federal (STF).

O placar foi de 52 votos a 18. Eram necessários 49 votos favoráveis. Com a aprovação, agora o texto segue para a Câmara, onde também precisa ser votado em dois turnos.

No primeiro turno, também foram 52 votos a favor e 18 contra. Mais cedo, nesta quarta, Pacheco disse que o texto era “algo muito positivo para a Justiça”. Ele voltou a negar que a matéria seja uma “retaliação” ou uma “afronta” ao Judiciário.


O que é a PEC?

De autoria do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), o texto restringe as possibilidades de ministros do STF e desembargadores tomarem decisões individuais, as chamadas decisões monocráticas, e suspenderem a validade de leis e de atos dos presidentes da República, da Câmara e do Senado.

Relator da matéria, o senador Esperidião Amin (PP-SC) aceitou uma sugestão do líder do PSD no Senado, Otto Alencar (BA), para retirar da proposta um dispositivo que mudava regras sobre pedidos de vista do Judiciário, ou seja, mais tempo para analisar determinado tema.


Governo libera a bancada; PT orienta contra PEC

Durante a sessão desta quarta, o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), liberou a bancada na Casa para que os senadores votassem como quisessem em relação à proposta, contra ou favor.

Na terça (21), Wagner já havia adiantado que iria liberar a bancada. A decisão fez parte de uma estratégia do governo para evitar que o assunto respingue no Executivo.

O líder do governo no Senado, porém, disse que votaria a favor da PEC, o que gerou aplausos de senadores da oposição.

Apesar da posição de Jaques Wagner, o líder do PT no Senado, Fabiano Contarato (ES), orientou a bancada petista a votar contra o texto.

“Eu só me permito, já que o líder do meu partido já orientou a votação, segundo a orientação do PT, eu quero agora não mais falar como líder do governo, apesar de que é indissociável”, disse Wagner. “Entendendo que nenhuma decisão deva ficar ad infinitum guardada, eu quero anunciar que o meu voto será o voto sim, a favor da PEC”.


Reação ao STF

A PEC limita decisões monocráticas e pedidos de vista nos tribunais superiores. O texto foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado em outubro, em uma votação relâmpago.

A proposta em tramitação no Senado prevê que magistrados da Corte não poderão, por exemplo, por meio de decisão individual, cassar atos dos presidentes da República, do Senado ou da Câmara.

A aprovação ocorreu em meio à escalada de tensão entre o STF e o Congresso, com decisões divergentes em pautas como o marco temporal para demarcação de territórios indígenas.


Veja abaixo como votou cada senador:

  • Alan Rick (União Brasil-AC) – Sim
  • Alessandro Vieira (MDB-SE) – Sim
  • Ana Paula Lobato (PSB-MA) – Não Compareceu
  • Angelo Coronel (PSD-BA) – Sim
  • Astronauta Marcos Pontes (PL-SP) – Sim
  • Augusta Brito (PT-SE) – Não
  • Beto Faro (PT-PA) – Não
  • Carlos Fávaro (PSD-MT) – Não
  • Carlos Portinho (PL-RJ) – Sim
  • Carlos Viana (Podemos-MG) – Sim
  • Chico Rodrigues (PSB-RR) – Sim
  • Cid Gomes (PDT-CE) – Não compareceu
  • Ciro Nogueira (PP-PI) – Sim
  • Cleitinho (Republicanos-MG) – Sim
  • Confúcio Moura (MDB-RO) – Não
  • Damares Alves (Republicanos-DF) – Sim
  • Daniella Ribeiro (PSD-PB) – Sim
  • Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) – Sim
  • Dr. Hiran (PP-PR) – Sim
  • Eduardo Braga (MDB-AM) – Não compareceu
  • Eduardo Girão (Novo-CE) – Sim
  • Eduardo Gomes (PL-TO) – Sim
  • Efraim Filho (União Brasil-PB) – Sim
  • Eliziane Gama (PSD-MA) – Não
  • Esperidião Amin (PP-SC) – Sim
  • Fabiano Contarato (PT-ES) – Não
  • Fernando Dueire (MDB-PE) – Sim
  • Fernando Farias (MDB-AL) – Não
  • Flávio Arns (PSB-PR) – Sim
  • Flávio Bolsonaro (PL-RJ) – Sim
  • Giordano (MDB-SP) – Sim
  • Hamilton Mourão (Republicanos-RS) – Sim
  • Humberto Costa (PT-PE) – Não
  • Irajá (PSB-TO) – Não compareceu
  • Ivete da Silveira (MDB-SC) – Sim
  • Izalci Lucas (PSDB-DF) – Sim
  • Jader Barbalho (MDB-PA) – Não compareceu
  • Jaime Bagattoli (PL-RO) – Sim
  • Jaques Wagner (PT-BA) – Sim
  • Jayme Campos (União Brasil-MT) – Sim
  • Jorge Kajuru (PSB-GO) – Não
  • Jorge Seif (PL-SC) – Sim
  • Jussara Lima (PSD-PI) – Não
  • Laércio Oliveira (PP-SE) – Sim
  • Leila Barros (PDT-DF) – Não
  • Lucas Barreto (PSD-AP) – Sim
  • Luis Carlos Heinze (PP-RS) – Sim
  • Magno Malta (PL-ES) – Sim
  • Mara Gabrilli (PSD-SP) – Sim
  • Marcelo Castro (MDB-PI) – Não
  • Marcio Bittar (União Brasil-AC) – Sim
  • Marcos Rogério (PL-RO) – Sim
  • Marcos do Val (sem partido-ES) – Sim
  • Mecias de Jesus (Republicanos-RR) – Afastado, licença particular
  • Nelsinho Trad (PSD-MS) – Sim
  • Omar Aziz (PSD-AM) – Não compareceu
  • Oriovisto Guimarães – Sim
  • Otto Alencar (Podemos-PR) – Sim
  • Paulo Paim (PT-RS) – Não
  • Plínio Valério (PSDB-AM) – Sim
  • Professora Dorinha Seabra (União Brasil-TO) – Sim
  • Randolfe Rodrigues (sem partido-AP) – Não
  • Renan Calheiros (MDB-AL) – Afastado, licença de saúde
  • Rodrigo Cunha (Podemos-AL) – Sim
  • Rodrigo Pacheco (PSD-MG) – Presidente do Senado
  • Rogerio Marinho (PL-RN) – Sim
  • Rogério Carvalho (PT-SE) – Não
  • Romário (PL-RJ) – Não
  • Sergio Moro (União Brasil-PR) – Sim
  • Soraya Thronicke (Podemos-MS) – Sim
  • Styvenson Valentim (Podemos-RN) – Sim
  • Sérgio Petecão (PSD-AC) – Não compareceu
  • Teresa Leitão (PT-PE) – Não
  • Tereza Cristina (PP-MS) – Sim
  • Vanderlan Cardoso (PSD-GO) – Sim
  • Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB) – Não compareceu
  • Wellington Fagundes (PL-MT) – Sim
  • Weverton (PDT-MA) – Sim
  • Wilder Morais (PL-GO) – Sim
  • Zenaide Maia (PSD-MA) – Não
  • Zequinha Marinho (Podemos-PA) – Sim